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domingo, 9 de janeiro de 2011

Doença Renal Crônica no Brasil: um problema de saúde pública




Resumo
A prevalência de doença renal crônica (DRC) vem aumentando em todo o mundo. No presente artigo, o autor discute a atenção à DRC no Brasil. As informações sobre pacientes em diálise foram extraídas do censo anual da Sociedade Brasileira de Nefrologia, SBN. Os dados sobre transplante renal foram fornecidos pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, ABTO. O número de enfermos com DRC foi obtido por uma extrapolação matemática, baseado em dados gerados por NHANES, um levantamento populacional realizado nos Estados Unidos de América. Em janeiro de 2007, havia 73.605 pacientes em diálise, a maioria deles (~90%) custeada pelo sistema de saúde pública brasileiro. Quando a prevalência é ajustada para a população, resultam 390 pacientes em diálise por milhão de população (pmp). Se agregarmos o número de pacientes com enxerto renal funcionante, extraoficialmente calculado pela ABTO como 27.500 (~150 pmp), a prevalência de doentes renais em terapia renal substitutiva no Brasil em janeiro de 2007 chega a 540 pmp. Os números relativos a pacientes com DRC são mais imprecisos. Se aplicarmos o 2 percentual de 8,4%, recentemente obtido nos Estados Unidos, o número de pacientes com taxa de filtração de glomerular <60mL/min/1.73m de superfície de corpo aproxima-se de 15 milhões de pessoas no Brasil. A prevalência de paciente em terapia renal substitutiva no Brasil em janeiro de 2007 (~540 pmp) permanece baixa, mesmo quando as comparações são feitas com dados de alguns países vizinhos. Claramente, o tratamento de DRC terminal no Brasil não parece acompanhar o tamanho da economia do país.


J Bras Nefrol 2009;31 (Supl 1):2-5

Veja o Artigo completo aqui : 

http://jbn.org.br/imageBank/pdf/Supl1_2009/31(1)S12009_Tema_1.pdf

Jocemir R. Lugon
Sociedade Brasileira de Nefrologia e Divisão de Nefrologia, Departamento de Medicina, Universidade Federal Fluminense

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